Controlar as receitas e as despesas, fixas e variáveis, através da elaboração de um orçamento familiar, mensal e anual, é a regra número um da poupança. Apenas assim saberá quanto ganha, quanto gasta e quanto consegue poupar por mês, além de identificar as rubricas com maior margem para reduzir os custos.
Um orçamento familiar é o planeamento do dinheiro recebido e da forma como é gasto. Como o dinheiro é um recurso limitado, é importante planear a sua utilização. Assim, sem um apoio como o orçamento familiar, é difícil planear a poupança e definir objetivos para o futuro. Com apenas cinco passos, mantenha-se financeiramente saudável.
Como fazer o orçamento familiar
1. Reúna a família
Comece com uma reunião em família, incluindo os seus filhos, para definir os objetivos. Assim, é mais fácil reduzir custos e poupar.
2. Registe e faça o somatório das receitas
Um orçamento começa pelas entradas de dinheiro. Assim, separe as receitas entre fixas – como salário, pensões e rendas – e variáveis – como trabalho extra, prémios ou retornos de investimentos.
Ao anotar todas as receitas de um mês, é ser possível fazer uma estimativa do dinheiro que estará disponível nos meses seguintes. Faça o registo num caderno ou bloco de notas, numa folha de cálculo de Excel ou com recurso a outro software mais sofisticado.
3. Registe e faça o somatório das despesas
As despesas são a segunda parte do orçamento, correspondente aos gastos mensais da sua família. Assim, anote todas as despesas, separando-as em fixas – como a prestação da casa, os transportes e as contas da água, da luz e do gás – e variáveis – como a alimentação, o vestuário e o lazer. É essencial ser consistente no montante total dos gastos.
Essencial ou supérfluo?
Em todas as despesas que for a ter, avalie sempre se se trata de uma necessidade (despesa essencial) ou de um desejo. Os gastos com alimentação e com as contas da casa são uma necessidade. Já uma boia nova para a piscina, por exemplo, é um desejo.
4. Faça as contas no seu orçamento familiar
Subtraia as despesas às receitas. No final, o saldo deve ser positivo, ou seja, é importante que as receitas sejam superiores às despesas. Se lhe sobrar dinheiro poderá reforçar a poupança da família.
Já se o saldo for negativo é essencial fazer ajustes ao orçamento familiar. Comece por reduzir as despesas variáveis até que as receitas sejam suficientes para cobrir, no mínimo, todos os gastos essenciais.
5. Defina os objetivos e cumpra-os
Estabeleça objetivos de poupança. O ideal é que poupe 10% do rendimento do agregado familiar mensal. Defina também uma meta de redução das suas despesas, caso seja necessário para equilibrar o saldo receitas/despesas ou queira aumentar o aforro.
E o último passo, e mais desafiador, é cumprir todos os objetivos do orçamento até ao final do mês.
Em suma, um orçamento familiar não é, no essencial, muito diferente do orçamento de um país ou de uma empresa. Salvo as diferenças de dimensão, tudo consiste em projetar as receitas e os encargos num dado período de tempo para conseguir uma navegação financeira rigorosa.