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O custo de um trabalhador a uma empresa

Conheça as várias parcelas adjuntas ao custo de um trabalhador para uma empresa e perceba tudo o que um salário líquido implica.

Para perceber o custo de um trabalhador para uma empresa devem ser tidos em consideração diversos aspetos. Assim, na equação de um contrato de trabalho devem ser calculados os seguintes custos pela empresa: salário base do trabalhador, segurança social, seguro de trabalho, subsídio de refeição e outros custos extra.

1. Salário Base

O salário base, também conhecido como salário bruto ou ilíquido, é a principal fatia do custo para um trabalhador na empresa. É, assim, com referência a este valor, que são calculados outros custos, como o montante pago à Segurança Social.

Para perceber qual o valor que esta parcela representa, deve multiplicar a remuneração ilíquida por 14 (os 12 meses de trabalho mais o 13.º e o 14.º meses – correspondentes aos subsídios de férias e Natal) e dividir por 12, para chegar ao custo médio mensal. 

Assim, com um salário ilíquido de 1.000 €, as contas serão as seguintes: 

1.000 € x 14 = 14.000 € / 12 = 1.166,6€

O resultado é o valor médio mensal que o trabalhador custará à empresa, no que respeita ao salário base.

2. Contribuições TSU

A taxa da segurança social, nomeada Taxa Social Única (TSU), incide sobre o salário base e todas as remunerações complementares não isentas, como o subsídio de férias, Natal ou horas extra, retirada aos tais 1.166,6€ mensais (seguindo o exemplo anterior).

No total, a Segurança Social recebe por cada trabalhador empregado na empresa – 34,75% do seu salário base, onde 11% são suportados pelo trabalhador e os restantes 23,75% são pagos pela empresa.

Assim, para calcular o valor a pagar pelo empregador:

1.000 € x 23,75% = 237,5 €

Mas não se esqueça que o desconto para a Segurança Social também recai sobre os 13.º e 14.º meses. Então: 

237,5 € x 14 = 3.325 € / 12 = 277,08 €

3. Seguro de Acidentes de Trabalho

O Seguro de Acidentes de Trabalho é igualmente obrigatório no custo de qualquer trabalhador numa empresa, sem exceção. A remuneração varia consoante os riscos implícitos à atividade exercida, mas são um custo inerente ao contrato de todos os colaboradores. Em média, um seguro de acidentes de trabalho cobre 1% dos rendimentos a segurar.

Então as contas a fazer são as seguintes: 

1000 € x 1% = 10 €

10 € x 14 = 140 € / 12 = 11,66 €

4. Subsídio de Refeição

O subsídio de alimentação é considerado um benefício social e é pago pela grande maioria das empresas. No entanto, não é um valor obrigatório por lei, nem consta no Código do Trabalho.

Neste caso, as contas variam consoante o formato em que é pago o subsídio de alimentação. Ou seja: se este extra for pago em numerário e não exceder o mínimo de 4,77 € diários, fica isento de contribuição para Segurança Social e IRS. No entanto, se o subsídio for pago em cartão, o valor máximo isento de tributação é de 7,63 € diários. Os valores que forem além desses montantes, estão sujeitos à taxa de 23,75% da TSU.

Assim, e considerando o máximo diário, pago em cartão, os cálculos serão: 

7,63 € x 22 dias úteis = 167,86 €

167,86 € x 11 meses de trabalho = 1.846 €

5. Outros custos extra

Além dos custos enumerados em cima, existem outros custos obrigatórios relacionados com a medicina no trabalho, auditoria de higiene e segurança no trabalho e formação profissional (o empregador deve fornecer 35 horas de formação acreditada por ano a cada colaborador).

Contudo, há outros extras que os empregadores podem oferecer aos seus colaboradores que são acessórios, como: 

  • Subsídio de transporte; 
  • Cheque-escola; 
  • Seguro de Saúde; 
  • Seguro de Vida; 
  • Entre outros.

Há ainda outros custos indiretos associados a cada colaborador da empresa: fardas (se for o caso), água, luz, estacionamento (se for pago pela empresa, fora das instalações), café, limpeza do posto de trabalho. Porém, estes acabam por ser valores mais residuais, quando comparados com os acima enumerados.

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